Você já sentiu que o tempo correu enquanto você estava ocupado apenas… existindo? De repente, num encontro inesperado ou num scroll despretensioso nas redes sociais, você dá de cara com um rosto conhecido do passado.
Aquele amigo que parecia indestrutível, com quem você dividia risos despreocupados, agora traz nos olhos o cansaço dos caminhos que percorreu. As rugas são discretas, mas carregam histórias. A energia de antes? Agora é calma, ponderada, diferente.
É um daqueles momentos em que o tempo te dá um leve empurrão, como quem diz: “Ei, também passou pra você.” E aí, vem aquela ficha caindo devagar: maturidade não tem nada a ver com idade. Você pode ter 60 e ainda se enganar com as mesmas ilusões de quando tinha 20. Ou pode ter 25 e já ter encarado a vida com a coragem e consciência de quem viveu três décadas a mais.
A grande virada de chave acontece quando a gente percebe que viver não é colecionar aniversários, mas sim experiências.
Aprendizado não vem no pacote com a idade, vem com as quedas, com os silêncios que gritam, com os “não” que machucam, com os ciclos que se fecham quando a gente ainda queria continuar.
E sabe o que é curioso? Mesmo com tudo isso, ninguém nunca sabe se está realmente aprendendo.
Porque a vida não entrega boletim, não tem nota final. A gente vai vivendo, errando, acertando, tentando e torcendo pra estar tirando algum proveito disso tudo.
Tem dias em que parece que estamos avançando, amadurecendo, enxergando melhor. Em outros, tropeçamos nos mesmos padrões, nos mesmos enganos. E tá tudo bem. Porque viver é isso também: errar com mais consciência. Mas, no fundo, há uma pergunta que volta e meia nos cutuca quando o silêncio aparece:
Será que, quando o tempo olhar para nós lá na frente, ele vai sorrir dizendo que a gente viveu… ou só passou por aqui?Talvez a resposta esteja menos nas certezas e mais na intenção com que escolhemos viver cada dia.
Viver de verdade não é ter uma vida perfeita, cheia de conquistas e momentos felizes em sequência isso é ilusão. Viver é estar presente, é se permitir sentir tudo: a alegria, sim, mas também a dúvida, o medo, o tédio, a frustração.
É olhar para dentro com honestidade e, mesmo diante das imperfeições, continuar tentando fazer sentido, seguir aprendendo, seguir amando… mesmo sem garantia de retorno.
PORQUE, NO FIM, VIVER É UM ATO DE CORAGEM DIÁRIA.